Subjugou-se num relento qualquer.
Mãos trêmulas sobre pele pálida.
Passos intrépidos seguiam urgentes,
Pelo labirinto defasado da alma. Fez-se medo.
Dolorosas chamas de solidão.
Levaram-lhe o corpo, a alma e o pão.
Um líquido quente e salgado na pele,
Amargo no âmago do desprezo.
Abaixo dos pés, somente o chão do abandono.
Inebriantes olhos de perca.
Levaram-lhe tudo, inclusive a ela mesma.
Perdeu-se no afã de reencontra-se.
Quis sonhar, mostraram-lhe a realidade.
Roubaram-lhe o corpo, defasaram-lhe a alma.
Restou-lhe somente o relento.
Lugar de poucos estímulos.
De medo somente, de um coração isento.
Convido vocês a conhecerem:
Tão profundo, dolorido. Cheio de vazio... Nossa. Lindo mesmo.
ResponderExcluirEu senti.
Os sentimentos mais dolorosos, para mim, são os mais fortes. Lindo poema
ResponderExcluirDá pra sentir, realmente. Muito denso o poema.
ResponderExcluirMuito bom!
Tão profundo esse poema, enquanto eu lia era como se estivesse sentindo tudo o que foi escrito, sentimentos dolorosos. Amei a forma como você escreveu.
ResponderExcluirFiel retrato social a pairar sobre o país de nós mesmos. Eis o Brasil em verso... como gostarámos que tudo isso fosse menos cruel, menos áspero, mas aqui nessa postagem não pairam apenas a crueldade e aspereza de um Brasil real. Aparece também a consciência em cores límpidas em forma de poesia a alertar os céticos corações de que é urgente e preciso mudar o quadro social nacional.
ResponderExcluirFelecitações por tão lindo texto.
A realidade muitas vezes rouba o que temos, a inocência, e traz-no o medo, e faz de nosso lugar relento...
ResponderExcluirMuito bom....
ResponderExcluirqueria viver no mundo dos sonhos, mas até este já foi invadido pela cruel realidade em que me encontro.
Vc tem conseguido fazer o que poucos conseguem: traduzir em palavras sentimentos tão inexprimíveis.
Obrigada por escrever...por manter e cuidar deste blog tão lindo!
Abraços
Que mundo é esse que muitas pessoas não dão valor para quem precisa? Que planeta é o que vivemos aonde muitos estão enriquecidos com riquezas materiais enquanto outros estão vivendo a beira da miséria pedindo um pedaço de pão para seus filhos e família? Que tipo de bicho é esse ser humano que desdenha um coração, mas não age em função dele?
ResponderExcluirO que mais me entristece nesse mundo é saber que a maior parte de tudo que acontece é culpa do próprio ser que não se importa com o amanhã, não vive o hoje e só sabe apenas jogar a culpa para o outro. É inadmissível não querer uma mudança, contudo, poucos estão fazendo com que ela aconteça. E enquanto existir poucos perante à bilhões, não podemos fazer muito, infelizmente.
Um vazio descrito através dos seus versos deixa seu texto ainda mais lindo. Como sempre, me faz muito bem te ler. Um grande beijo, ótima semana Jay!
é. relamnete são bem fortes o de solidão e enfins. mais ainda acho q textos bem escritos sobre o amor é a melhor coisa. amo textos que da p se imaginar.
ResponderExcluirCaramba!! Sufocante...dá um nó na garganta ao ler! Muito bom!!
ResponderExcluir[]s
Lindo poema. A solidão é dolorida mesmo, e suas palavras sempre lindas. Texto forte, sucesso com o blog.
ResponderExcluirQue intenso Jaynne! Cheio de dor e escrito com sabedoria. Sabe, ao ler seu poema, me lembrei da amada Clarice Lispector, talvez pelas palavras complicadas, e o sentimento exposto. Adorei e estou seguindo já. Você será uma grande escritora se continuar. Beijos.
ResponderExcluirhttp://ribeiroap.blogspot.com/
há tanto abandono nesse mundo... um coração abandonado, um filho sem pai e pão....já nao cabem na mesa dos gulosos uma migalha de piedade, e resta-nos a desesperança de acreditar neles, mas ainda tem Deus que olha os cativos e os liberta....o pão, pede o filho ao pai, a mão, pede a filha á mae...
ResponderExcluirAhh...
ResponderExcluirTriste mais belo...
Lindo poema!!!
Bjs
Oi Jay,
ResponderExcluirestou com tanta coisa para fazer que nem percebi meu próprio sumiço! rsrsrs
Nunca vou sumir daqui, não te preocupa.
Fiquei triste que a greve ainda segue,uma pena...
Quanto a este poema, bastante intimista, no que considero tua marca, adorei tua deifinição de "relento" (lugar de poucos estímulos), maravilhoso! e faz belo fechamento no subtexto por completo!
Beijos amiga!
Humoremconto
http://anaceciliaromeu.blogspot.com
Já havia comentado na postagem de cima, então comentei nessa aqui.
ResponderExcluirAmo poemas, mas estes versos estão tão tristes e vazios, nossa. Ficou bem bonito, é verdade, mas há uma certa solidão em suas palavras que há muito não via.
Bjo! (:
http://miasodre.blogspot.com/