terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Senta aqui...

Você não precisa me trazer flores
Uma xícara de café, quem sabe?!
Ando meio perdida de mim
Senta aqui, vamos falar da eternidade...


É eterno esse seu sorriso desconcertante
Esse seu olhar que reflete o universo
Que me penetra profundamente na alma
Que inspira a criação dos meus versos...

Uma flor, uma dor, uma saudade...
Mas, flores pra quê?
Me dê um pouquinho de você
Senta aqui, vamos falar um pouco sobre esse medo...

Sabe aquele gelo que sentimos no coração?
O meu vive congelado na possibilidade
Possibilidade de não desfrutar do seu humor,
Possibilidade de não sentir mais sua adrenalina
Possibilidade da sua inexistência tão presente!

Então me faça um café,
Senta aqui, me conta uma história
Me faça dormir, me faça feliz,
Senta aqui, me faz um café, me faz um cafuné!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Quebrando a Porcelana...


  

      Olho-me no espelho, como se isso fosse mudar quem sou. Como se todos aqueles que viraram as costas fossem olhar de voltar e pedir que eu segurasse em sua mão. Por muitas vezes esperei por uma mão, e só tive a minha própria, suando de medo e trêmulas de tanta insegurança.
    Mas hoje eu sei quem sou, e de quem posso fingir ser. Bonecas de porcelana se racham se caem ao chão, mas eu nunca fui uma boneca de porcelana, eu nunca fui aquele rostinho meigo, nem olhos assombrados. Na verdade, eu nunca fui a garota frágil que perseguia seus sonhos mais íntimos.
    E eu não me importarei se você arder em revolta ao ler essas palavras, porque você nunca teve coragem de abraçar e tocar a boneca de porcelana, talvez eu parecesse surreal demais para você. Pois eu estou aqui agora, gritando quem realmente sou, com meus ensaguentados defeitos que você nunca enxergou. Estou jogando-os em sua cara, então veja-os. Você poderia ter me tocado, me beijado, me abraçado... Eu não iria quebrar. Mas você sonhou demais, teve medo demais e agora estou fora de seu alcance, eu aprendi a segurar minhas próprias mãos.  


Despejando palavras...