segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Só mais um filme...

   Foram agulhas afiadas que você enfiou no meu coração quando virou as costas enquanto cada lágrima escorria ácida pelo meu rosto e enquanto eu engolia essa acidez de volta para o estômago comprimido. E eu quis gritar pra que você voltasse, quis explodir meus pulmões em um apelo, mas eu estava fraca demais.
   Todos os meus órgãos estavam indefesos a essa doença que possui o seu nome. E enquanto você saia pela porta dos fundos eu me contorcia derrotada pelo chão. Um filme passava em minha cabeça, nossas lembranças eram veneno para minha dor. E por mais que o vento forte entrasse pela janela eriçando os meus pelos e fazendo meus queixos baterem. Por mais que o chão não fosse tão confortável ele parecia ser o melhor lugar.
   É tão ruim senti agulhadas no peito! Por que finais felizes só acontecem em filmes? Será que o amor só existe quando ensaiado e dissimulado por atores? Será que uma mera mortal como eu não poderia estar feliz com um mero mortal que nem você? Sinto-me caindo num poço largo e solipso. Um poço de dor.
   Minha alma está sangrando na sua partida. Meus olhos estão sempre fechados para o real, eu não quero acordar! Tudo deveria ser um pesadelo, e a sua ausência seria só no meu inconsciente. Mas isso seria só mais um filme...
   Você foi só um sonho que eu tive acordada, e enquanto o violão ganha acordes tristes minhas lágrimas silenciam os gritos que eu queria soltar para dizer que você foi único, que eu gostaria que contos de fadas fossem reais. E que meu coração fosse apenas à metade do seu.
   Mas isso seria só mais um filme...


"Pessoal, não se chateiem comigo, mas a minha presença na blogosfera vai diminuir ainda mais. Perdoem essa mera mortal que necessita de viver um pouquinho e de se submeter as mazelas da vida também. Abreijos!"